A hipertensão arterial é uma das principais causas de doenças cardiovasculares no mundo. Em sua forma mais comum, chamada hipertensão primária ou essencial, não há uma causa específica identificável. No entanto, cerca de 5 a 10% dos casos são decorrentes de outra condição clínica subjacente, caracterizando a hipertensão arterial secundária. Identificar essa causa pode fazer toda a diferença no tratamento e no controle da pressão arterial.
O que é a hipertensão arterial secundária?
A hipertensão secundária ocorre quando a elevação da pressão arterial está associada a uma doença ou condição específica, que pode ser tratada ou corrigida. Isso significa que, em alguns casos, o controle da causa subjacente pode levar à normalização da pressão arterial ou, pelo menos, facilitar seu controle com menor necessidade de medicamentos.
Principais causas da hipertensão secundária
Existem diversas condições médicas e causas que podem levar ao desenvolvimento da hipertensão arterial secundária. Entre as mais comuns, destacam-se:
- Doenças renais
- Distúrbios endócrinos, como doenças das glândulas suprarrenais ou doenças na tireóide
- Uso de medicamentos ou substâncias
- Determinado tipo de malformação congênita
Quando suspeitar de hipertensão secundária?
Nem todo paciente hipertenso precisa ser investigado para hipertensão secundária. No entanto, algumas características podem levantar essa suspeita:
- Início da hipertensão antes dos 30 anos ou após os 55 anos, sem fatores de risco óbvios
- Pressão arterial muito elevada desde o diagnóstico
- Hipertensão de difícil controle, mesmo com três ou mais medicamentos
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da hipertensão secundária exige investigação detalhada, que pode incluir:
- Avaliação de função renal, eletrólitos, hormônios
- Exames de imagem dos rins, ressonância magnética do abdome
- Monitorização ambulatorial da pressão arterial
Tratamento: é possível curar a hipertensão secundária? tratamento específico para a causa específica
O tratamento da hipertensão secundária depende diretamente da causa identificada. Em alguns casos, a pressão arterial pode ser normalizada após a correção do problema, enquanto em outros, o controle se torna mais fácil e eficaz.
Já em doenças crônicas, como insuficiência renal, o tratamento visa retardar a progressão da doença e controlar a pressão arterial da melhor forma possível.
A pressão alta por causa secundária é menos comum, mas deve ser considerada em pacientes com características atípicas de hipertensão. A identificação precoce e o tratamento adequado da causa subjacente podem melhorar o controle da pressão arterial e, em alguns casos, até mesmo curar a hipertensão e prevenir complicações cardiovasculares graves no futuro.
Se você tem pressão alta e desconfia que possa ter alguma dessas condições, buscar a avaliação de um cardiologista é essencial.